- O que leva um Rookie do BTT
O JoanebTT quer com este novo espaço dar informações importantes aos iniciantes e veteranos do BTT.
Aqui vão encontrar (quase) tudo o deves saber sobre o BTT.
Passeios de bike na estrada, os gases de escape dos carros, de não poderes falar ... Assim decidistes pela bike de montanha, porque respiras e sentes a natureza, estas livre dos perigos das nossas estradas e convives com os teus amigos. O JoaneBTT vai tentar ajudar a conhecer melhor a tua bike e a modalidade do BTT.
- Aconselhamento de compra
Antes de saltar para o selim, primeiro precisas de uma bike adequada.
Sabes a diferença entre uma bike de montanha e enduro?
O que fazem as diferentes bike?
Hoje em dia, faz-se a seguinte pergunta:
"Quem sou eu - e se sim, quanto é preciso?"
O Betetista atormenta-se:
"O que quero praticar - quantas bikes vou precisar?"
- Ajustar a Bike ao Ciclista
A geometria e as medidas da bike são
determinantes param a optimização do desempenho desportivo e competitivo do
ciclista.
A escolha da bike óptima para
o ciclista é feita tendo consciência de que é a máquina que
se deve ajustar ao homem, e não o contrário.
A medida mais importante do ciclista é a ALTURA
DE ENTRE-PERNAS. Para a determinar, o ciclista deve estar encostado a uma
parede, com calções e sapatos de ciclismo ou BTT e os pés afastados 15 a 17,5
cm (Foto1). Encostar um esquadro ou um livro às virilhas do ciclista e à
parede. Permitir que saia da posição de medição, mas sem deslocar o esquadro ou
o livro da parede. Medir, na vertical, a distância (em centímetros) entre o
topo do livro (ou do esquadro) e o chão.
A ALTURA
TOTAL ou estatura, é
também necessária, para caracterizar os ciclistas em relação à
proporcionalidade entre o tronco e os membros inferiores. Para tal,
dividir a altura total do ciclista pela sua altura de entre-pernas. Se o
resultado for superior a 2,2 o ciclista é do tipo ' tronco longo '; se for inferior
a 2,0 é do tipo ' tronco curto '; entre 2,0 e 2,2 é do tipo
' tronco proporcional '.
Por último é necessário
medir a LARGURA DE OMBRO-A-OMBRO.
O ângulo mais
importante na GEOMETRIA DO QUADRO é o formado entre o tubo do
selim e o chão; dele
depende a posição do ciclista sobre a bike e, consequentemente, a sua eficiência na aplicação da
força. Quanto maior for o ângulo, mais à frente vai posicionado o ciclista,
na bike. O ângulo óptimo é função do comprimento do
fémur do ciclista. Dentro da variação normal dos quadros, quando menor o
fémur, maior deve ser o ângulo escolhido. Por outro lado, quanto maior o ângulo,
mais nervosa e desconfortável é a bike. Por esse motivo, para eventos
desportivos e competitivos longos, é recomendável a opção por quadros com
ângulo inferior.
O ajustamento da bike ao ciclista, tendo
em atenção este ângulo, tem como principal objectivo posicionar, na vertical, o
joelho do ciclista sobre o eixo do pedal, quando os cranks estão em
posição neutra (na horizontal). Na escolha de um quadro, este ângulo não é
fácil de medir; no entanto, numa bike fabricada em série, é normal
que o respectivo catálogo traga uma descrição técnica detalhada, onde está
indicado, entre outros, o valor do ângulo entre o tubo do selim e o chão.
Nos quadros de BTT - cross-country, o ângulo entre o
tubo do selim e o chão varia, em geral, entre 71 e 73º. O TAMANHO DO QUADRO é
também, por norma, o do comprimento do tubo do selim, embora expresso em
polegadas (inches). Mas como, neste caso, os fabricantes adoptam geometrias e
slopings mais variáveis, a sua medição, na prática, pode ser ainda mais
difícil. Prevalece a recomendação de se consultarem as medidas e ângulos que
devem estar explícitos no catálogo técnico do modelo. O tamanho óptimo do
quadro de BTT - cross-country é calculado através da seguinte equação:
Tamanho do quadro (polegadas)=quadro
de estrada (cm) – 11,0 cm x 0,3937
O ângulo da testa do quadro e a distância
entre o centro do eixo do
movimento pedaleiro e o chão são outros parâmetros
importantes dos quadros
de BTT - cross-country. Muitas geometrias adotam um
ângulo da testa idêntico ao ângulo do tubo do selim, o que torna a condução em
traçados sinuosos mais lenta mas mais previsível; se o ângulo da testa é
ligeiramente superior, a bike ganha uma condução mais nervosa e rápida, mas
simultaneamente mais exigente no que se refere à destreza do ciclista. A
distância entre o centro do eixo do movimento pedaleiro e o chão interfere na
capacidade de superar alguns obstáculos e, também, na posição do centro de
gravidade do conjunto bike-ciclista. Com o centro de gravidade mais baixo a
bike é mais estável, um ganho de desempenho que é superior ao resultante da
perda de capacidade de superação de alguns obstáculos. Por último, é importante
verificar que a altura do tubo superior do quadro, medida a partir do chão, é
pelo menos 10 cm inferior à altura de entre-pernas do ciclista. Assim, o risco
de lesões acidentais ao montar ou desmontar rapidamente é diminuto.
ALTURA DE ENTRE-PERNAS
|
QUADRO DE ESTRADA
|
QUADRO DE CROSS-COUNTRY
|
72 cm
|
48 cm
|
14,5“
|
74 cm
|
49 cm
|
15“
|
76 cm
|
50 cm
|
15,5“
|
78 cm
|
51 cm
|
16“
|
80 cm
|
53 cm
|
16,5“
|
82 cm
|
54 cm
|
17“
|
84 cm
|
55 cm
|
17,5“
|
86 cm
|
57 cm
|
18“
|
88 cm
|
58 cm
|
18,5“
|
90 cm
|
59 cm
|
19“
|
92 cm
|
61 cm
|
19,5“
|
94 cm
|
62 cm
|
20“
|
Quando o ciclista tem duas ou mais bikes, por exemplo de estrada e
BTT - cross-country, é
muito importante que a altura do selim seja sempre rigorosamente idêntica, já
que o treino sistemático e continuado origina um acentuado condicionamento da
activação muscular. Ajustamentos da altura do selim devem ser feitos de forma
gradual, evitando modificações, em cada duas semanas, superiores a 1 cm.
O RECUO DO
SELIM, é
outro ajustamento fundamental, tendo em vista a optimização da bike para o ciclista e para a máxima
eficiência do seu gesto técnico de pedalar. O objectivo, como ponto de partida,
é posicionar, na vertical, a rótula do joelho sobre o eixo do pedal, quando os cranks se encontram em posição neutra (na
horizontal). Esta posição surge, por vezes, referida como a posição KOPS (knee over pedal spindle). O
posicionamento do selim deve ser feito gradualmente, avançando-o ou recuando-o
sobre o espigão, e simultaneamente deve ser verificada a conveniência em se
proceder a novas correcções na altura do selim. A bike tem necessariamente de estar sobre uma
superfície horizontal e o ciclista deve calçar os seus sapatos de treino e/ou
competição, em estrada ou BTT - cross-country.
Um ajustamento do selim em que este se posiciona 1 a 6 cm atrás da
posição neutra (recuado) proporciona melhor tracção, quando o ciclista sobe
sentado, e é adequado para ciclistas que optam por cadências de pedalada mais
lentas, com maior aplicação de força. Por oposição, um ajustamento avançado 1 a
2 cm em relação à posição neutra é adequado para ciclistas com cadência de
pedalada elevada. Este ajustamento pode também ser recomendado para ciclistas
que tenham tendência para sofrer de dores lombares (low back pain).
Na bike de estrada é recomendável ajustar o
selim na HORIZONTAL, tarefa que pode ser executada com o auxílio de um nível de
bolha de ar (Foto). Na bike de BTT - cross-country, no entanto, o
nariz do selim deve estar a descair ligeiramente para a frente, ou seja,
formando um ângulo de 1 a 2º. Uma inclinação superior poderá fazer com que o
ciclista esteja permanentemente com tendência para escorregar para a frente,
obrigando-o a um esforço suplementar tanto dos membros inferiores como dos
superiores, para manter o corpo devidamente posicionado sobre a bike.
O COMPRIMENTO DOS CRANKS, está relacionado com duas ou três características do
ciclista. A primeira é, necessariamente, a altura de entre-pernas; no caso de
ciclistas de ' tronco proporcional ' a relação pode também ser estabelecida com
a altura do ciclista. Comprimentos inadequados dos cranks, em especial quando
excessivamente longos, podem provocar lesões nas articulações dos joelhos, em
consequência dos esforços repetidos com as pernas dobradas (momentos iniciais
da fase activa da pedalada). Outras características a tomar em atenção são a
força aplicada sobre os pedais e a cadência de pedalada preferida pelo
ciclista.
Cranks
25 ou 50 mm mais longos do que o comprimento padrão recomendado são adequados
para ciclistas que pedalam ' em força ', enquanto cranks 25 ou 50 mm mais
curtos do que o comprimento padrão recomendado são adequados para ciclistas que
pedalam ' em rotação '. Por outro lado, e tendo em atenção as variações de
declives em pequenas distâncias, mais acentuadas nos percursos de BTT -
cross-country comparativamente com os de estrada, é normal que um mesmo
ciclista opte por diferentes comprimentos de cranks para as suas duas
bicicletas. Na bike de BTT - cross-country os cranks são, frequentemente, 5,0
cm mais compridos do que na bike de estrada (Tabela).
Relação
entre altura de entre-pernas e comprimentos-padrão dos cranks de estrada e BTT
- cross-country
ALTURA DE ENTRE-PERNAS
|
CRANKS DE ESTRADA
|
CRANKS DE CROSS-COUNTRY
|
menor que 74 cm
|
165 ou 167,5 mm
|
170 mm
|
74 a 81 cm
|
170 mm
|
175 mm
|
82 a 86 cm
|
172,5 mm
|
175 mm
|
maior que 86 cm
|
175 mm
|
180 mm
|
Se o eixo do pedal estiver recuado em relação à
posição neutra, é possível ganhar alguma estabilidade no apoio do pé sobre o
pedal e, simultaneamente, reduzir as cargas de esforço sobre o tendão de
Aquiles e os músculos da 'barriga' da perna. Este ajustamento pode
possibilitar, igualmente, um rendimento superior quando o ciclista pedala em
'força', mas limita a capacidade do mesmo para recorrer a elevadas
cadências de pedalada. Ajustamentos em que o eixo do pedal esteja avançado em
relação à posição neutra são de evitar, pelos riscos de lesões que podem
provocar.
Depois
de escolhido o quadro com as medidas correctas, e posicionado o selim, um dos
ajustamentos finais é o do COMPRIMENTO E ÂNGULO DO AVANÇO que suporta o
guiador. O objectivo é, agora, optimizar a posição do tronco do ciclista sobre
a bike. São duas as variáveis do avanço: comprimento e ângulo; a escolha dos
valores correctos para as duas variáveis deve ser feita em simultâneo.
Na bike de cross-country o guiador deve estar ajustado de forma a
que o ciclista tenha, em condições normais e com os cotovelos ligeiramente
dobrados, um ângulo de 90º entre o eixo pulsos - ombros e o eixo ombros - anca.
Assim, é possível variar a inclinação do tronco e, consequentemente, a posição
do centro de gravidade do conjunto bike-ciclista, adequando-a à velocidade e ao
declive, bem como às necessidades de tracção e de superação de obstáculos.
O limite anterior do avanço (ponto de fixação do guiador) deve
estar 3 a 5 cm abaixo do nível do selim. A forma mais simples de verificar este
ajustamento é através da medição separada da altura do limite superior do selim
ao solo e do limite superior do avanço ao solo:
Na bike de BTT - cross-country, o guiador mais adequado para um
uso desportivo e competitivo é o denominado guiador direito (flat bar). Na
realidade, o guiador tem uma ligeira curvatura, em geral de 3 a 5º, destinada a
possibilitar a posição ergonómica óptima dos pulsos, ou seja, que estes estejam
em posição natural, sem qualquer rotação ou torsão.
Na bike de BTT - cross-country, os COMANDOS DE TRAVÃO são
particularmente necessários durante as descidas declivosas. O ciclista estará
posicionado bastante atrás no selim, ou de pé mas com o tronco baixo, para que
o centro de gravidade bike-ciclista seja o mais conveniente, ou melhor, o mais
próximo do solo e sobre a roda traseira.
Nessas condições deve ser fácil premir e largar os comandos dos
travões. O ajustamento mais correcto é, novamente, função da posição ergonómica
óptima. Este é, assim, o principal critério a adoptar no ajustamento da posição
dos comandos de travão, na bike de BTT - cross-country. Se o ciclista, pelas
características particulares da sua técnica de condução, raramente se colocar
de pé, então os comandos de travão devem ser ajustados ligeiramente mais
baixos, para que se respeite o critério da optimização ergonómica.
Os barends ou extensores, característicos dos guiadores das bikes
de BTT - cross-country, devem também ser ajustados tendo em vista respeitarem a
regra da posição ergonómica óptima dos pulsos. Para determinar o ângulo mais
adequado para o ajustamento dos barends deve também ter-se em consideração a
posição preferida do ciclista para subir - sentado ou em pé - já que é nestas
ocasiões em que os barends são mais utilizados. Ciclistas que privilegiem subir
em pé devem ter os barends ajustados com um ângulo mais próximo da horizontal
do que ciclistas que mais frequentemente optem por subir sentados.
A escolha da bicicleta certa : Aqui entramos no tópico da escolha
do tipo de bicicleta mais adequada ao que quer fazer, não vai por exemplo
comprar uma bicicleta de montanha para passear junto à praia, ou comprar uma de
estrada para fazer todo terreno.
Ergonomia: Na sua escolha também deve ter em atenção as medidas do seu corpo, o tamanho do quadro deve ser adequado à sua altura, caso contrário o uso da bicicleta pode-se tornar desconfortável e ineficaz. O quadro que se segue pode servir como sua orientação na compra, mas como entre pessoas da mesma altura existem variações de comprimento de pernas e braços, é aconselhável sentar-se na bicicleta e verificar se está confortável antes de decidir a comprar.
Ergonomia: Na sua escolha também deve ter em atenção as medidas do seu corpo, o tamanho do quadro deve ser adequado à sua altura, caso contrário o uso da bicicleta pode-se tornar desconfortável e ineficaz. O quadro que se segue pode servir como sua orientação na compra, mas como entre pessoas da mesma altura existem variações de comprimento de pernas e braços, é aconselhável sentar-se na bicicleta e verificar se está confortável antes de decidir a comprar.
Altura da pessoa
de 1,50 a 1,60 m = Quadro de 14" - de 1,55 a 1,70 m = Quadro de 16,5"
de 1,50 a 1,60 m = Quadro de 14" - de 1,55 a 1,70 m = Quadro de 16,5"
de 1,65 a 1,75 m = Quadro de 18”
- de 1,73 a 1,85 m = Quadro de 19"
de 1,75 a 1,90 m = Quadro de 19,5" ou
20" - de 1,85 a 2,00 m = Quadro de 21" ou 22"
Existem bicicletas com quadros em aço, aço crómo-molibdénio, alumínio, liga de alumínio, titânio, carbono e termoplástico.
Aço - O mais económico, mas também o mais pesado;
Carbono, titânio e alumínio - Os mais leves.
- Como os furos são inevitáveis, deve ter em atenção se a bicicleta que escolhe tem apertos rápidos nas rodas, vai-lhe poupar muito tempo e trabalho, porque não precisa de ferramentas para tirar a roda.
- Os manípulos das mudanças devem ser indexados, para uma utilização mais fácil e eficaz.
Nota: Cuidado com as suspensões, algumas das mais baratas são apenas peso extra com molas lá dentro, não compensam o peso a mais. Uma boa suspensão além de leve, aumenta a estabilidade e conforto da bicicleta.
Existem bicicletas com quadros em aço, aço crómo-molibdénio, alumínio, liga de alumínio, titânio, carbono e termoplástico.
Aço - O mais económico, mas também o mais pesado;
Carbono, titânio e alumínio - Os mais leves.
- Como os furos são inevitáveis, deve ter em atenção se a bicicleta que escolhe tem apertos rápidos nas rodas, vai-lhe poupar muito tempo e trabalho, porque não precisa de ferramentas para tirar a roda.
- Os manípulos das mudanças devem ser indexados, para uma utilização mais fácil e eficaz.
Nota: Cuidado com as suspensões, algumas das mais baratas são apenas peso extra com molas lá dentro, não compensam o peso a mais. Uma boa suspensão além de leve, aumenta a estabilidade e conforto da bicicleta.
Continua …..